domingo, 30 de agosto de 2009

Nasi canta blues e clássicos do rock no CCSP

Com muito veneno e descontração, Nasi se apresentou neste sábado (dia 29) no Centro Cultural São Paulo. O show, que durou aproximadamente 90 minutos, trouxe o "novo" estilo do músico, mais voltado ao blues.

O roqueiro já lançara 3 álbuns sob o nome Nasi e os Irmãos do Blues, projeto paralelo criado em 1991. Com a saída da banda Ira!, Nasi voltou a focar seus shows da carreira solo ao estilo precursor do rock'n'roll. Nasi incorporou Johnny Cash (1932–2003), ícone do rock dos anos 50, em várias canções.
A plateia do CCSP, pequena mas empolgada, ocupou os espaços além dos bancos. Alguns sentaram-se no chão, bem próximo do palco. Um grupo ficou de pé, no "gargarejo", na frente de Nasi, servindo de coro para os refrões mais conhecidos da setlist.

Nasi relembrou grandes sucessos do rock nacional. Canções do Ira!, como "Tarde Vazia" e "Eu Vou Tentar", foram interpretadas. "O Tempo Não Para", de Cazuza, recebeu solos de guitarra mais calmos, porém não menos empolgantes. O "Wolverine Valadão", como ficou conhecido no Rockgol, da MTV, veio a caráter, com camiseta e até caneca personalizada com o herói da Marvel.

Desde antes do começo do show, os fãs já gritavam "Toca, Raul!". O baixista Johnny Boy pediu paciência, que o desejo se tornaria realidade em breve. E aconteceu: as quatro últimas canções do show foram de Raulzito: "Metamorfose Ambulante", "As Minas do Rei Salomão", "Mosca na Sopa" e "Sociedade Alternativa". Nasi reviveu a apresentação na Virada Cultural 2009, no palco em homenagem a Raulzito (foto acima). Na ocasião, interpretou o álbum Krig-Ha, Bandolo (1973).

O show teve seu lado descontraído. Em cada música, Nasi disparava indiretas sobre a banda que liderou por 26 anos. O público foi à loucura quando ele soltou essa: "A banda que eu formei... e que roubaram o nome!".

A banda ainda voltou ao palco para tocar as últimas três músicas: "Garota de Guarulhos" (versão de "Jersey Girl", de Tom Waits), uma versão de "Epitáfio", tema da novela Chamas da Vida, da Record, e a clássica "Núcleo Base", sucesso do início da carreira do Ira!, apesar dos gritos de "Pobre Paulista" da plateia.

Ao final do show, Nasi retirou-se rapidamente, diferentemente dos outros integrantes. O baterista Evaristo Pádua, com um solo nervoso e incrível, recebeu os merecidos parabéns. Um garoto, de aparentemente 12 anos, chorou ao abraçá-lo, e foi recompensado com um par de baquetas. "Para ir começando", consolou Pádua.

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