terça-feira, 27 de outubro de 2009

Zodja Pereira: da voz ao verso

A potiguar Zodja Pereira já atuou em diversos trabalhos na televisão. Na Bandeirantes, interpretou a boneca de pano Emília (imagem abaixo) no Sítio do Picapau Amarelo (1968). Decidiu ficar em São Paulo numa época em que a teledramaturgia se transferia para o Rio de Janeiro.

A partir daí começou a dublar. Sua voz pode ser reconhecida em tokusatsus (seriados japoneses), como Jiraiya e Machine Man. Há dois anos dirige um curso na Central Dubrasil, junto de seu filho, o também dublador Hermes Baroli. Zodja, de 62 anos, conta como ingressou ao universo da literatura, com o livro Antologia de Poesias e Poemas, ao lado de mais 17 autores, e revela se houve inspiração de suas atuações na TV.

Muitos a conhecem como atriz e dubladora. Você já escrevia antes?
Já faço há muito tempo, mas não tinha nada publicado. A minha avó escrevia poesias. Meus pais também, eles eram atores. Agora estou colocando alguma coisa na internet, mas nunca ousei mostrar além da família.

Como recebeu o convite para estar nesta antologia?
Foi um convite pela internet, mas nem sei exatamente como cheguei à editora. Eu tinha iniciado, no ano passado, um projeto sobre a história da minha família, que é muito profunda, muito rica, mas chegou a determinado ponto em que não conseguia ler porque mexia com lembranças muitas profundas. Fiquei frustrada com isso. Quando chegou convite da Madio Editorial eu resolvi abrir um pouco o meu baú e entrar nessa experiência junto com outras pessoas para ver como seria isso.

Seus papéis no teatro e na televisão, como a Emília, influenciaram seu trabalho como escritora?
Não, a poesia é muito anterior, porque minha família já tinha isso. Comecei em teatro com dez anos e fui a segunda Emília na TV Bandeirantes. Eu sempre fui cercada de poetas, de artistas. Isso estimulou a vontade de falar essa “língua”.

Você começou a dublar no final dos anos 70, quando a teledramaturgia estava saindo de São Paulo. Lembra-se de seu primeiro trabalho em dublagem?
Saí das telenovelas quando a TV Tupi fechou. Não teve jeito, fui obrigada a ficar. (risos) Acredito que minha primeira dublagem foi a série I Love Lucy.

Sentiu diferença quando saiu das telenovelas e começou a dublar?
Muita. Foi desafiante, pois estava acostumada a atuar, não a trabalhar atrás da atuação do outro. Eu tenho que absorver a interpretação do outro e realizá-la. Não é um trabalho meu, é dele. A arte está nesse trabalho.

Como você recebe a fama, o reconhecimento que os fãs de tokusatus têm pelo seu trabalho?
Não diria fama. É o bem-querer das pessoas pelo trabalho que fazemos. É muito bom saber que as pessoas têm esse carinho por algo que fizemos. Nós somos realmente devedores, porque os fãs transformaram particularmente essa área importante no Brasil, e que nunca foi. Fazíamos aquilo como “sub-arte”, como algo sem importância, alguns ficavam até com vergonha de dizer que dublavam. O setor está se descobrindo como importância cultural, e foram os fãs que nos deram este valor.

Para se tornar um dublador é preciso ter um dom?
Não, é uma técnica. O dom é ser ator. Se você é um bom ator, você pode aprender a técnica. Cursinho de dublagem sempre teve. Mas curso de especialização em dublagem, com o cuidado em colocar o profissional no mercado, isso só a Dubrasil tem.

sábado, 17 de outubro de 2009

"O Fiel": jornal 100% corintiano

Nesta segunda-feira, dia 19, São Paulo ganhará mais um periódico: O Fiel. Nele, haverá informações sobre tudo que acontece no time de futebol de maior torcida em São Paulo, o Sport Club Corinthians Paulista. A iniciativa é do Departamento de Marketing do clube, em parceria com a editora Nova Forma.

A princípio, o jornal terá circulação semanal e será distribuído no Parque São Jorge, onde fica a sede do Corinthians. Estuda-se a ampliação para as bancas já a partir do dia 2 de novembro, após o clássico contra o Palmeiras. Em 2010, O Fiel poderá ser diário.

Para os corintianos, é um novo veículo para se informar e se expressar também, já que haverá espaço para o leitor. O jornal chega no melhor momento: em 2009, os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil trouxeram ainda mais visibilidade ao Timão, que já havia conquistado a mídia com a contratação do "Fenômeno" Ronaldo. Em 2010, ano do centenário, o Corinthians disputará a Taça Libertadores da América. O Fiel cobrirá o evento que pode trazer o título mais desejado pela torcida.

Embora haja Timão TV e da página na Internet http://www.corinthians.com.br/, faltava um meio mais acessível aos torcedores, disponível na porta do estádio, ou na banca perto de casa. O Fiel terá a função de informar e analisar as últimas notícias do clube, trabalhando com a linguagem objetiva, do jornalismo factual, e subjetiva, das revistas semanais. Pelo menos enquanto o jornal não ter circulação diária.

Além da cobertura dos campeonatos disputados pelo Alvinegro, O Fiel terá reportagens e colunas especiais. Em novembro, o jornalista Celso Unzelte – autor do Almanaque do Timão – comentará fatos históricos do clube. Entrevistas terão seu espaço, a começar pela conversa com Basílio, autor do emocionante gol que pôs fim ao jejum corintiano de quase 23 anos sem títulos paulistas.

Nem só de futebol vive o Corinthians. Outros esportes, como natação, futebol americano, handebol e até peteca pautarão a seção "Por dentro do Parque". Também não faltarão notícias sobre a cidade e o País.

O Fiel veio preencher uma lacuna na comunicação entre o Corinthians e sua torcida. É um novo veículo que trará o um dos times mais queridos do Brasil como nenhum outro já trouxe. A partir desta segunda-feira, a nação corintiana terá voz.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Aniversário de escapadas

Na tarde de 12 de outubro de 2008, nascia o Letras Escapadas. Em seu primeiro aniversário, eu, o fundador Paulo Pacheco, trago um balanço deste blog em constante ascensão.

A ideia do blog veio ainda quando estudava no cursinho. "Como vai tentar jornalismo se nem tem blog?", perguntavam os colegas.
Pois bem, aproveitei uma época tranquila dos estudos (outubro, antes da importante revisão) e fundei o blog. Faltava escolher onde hospedá-lo. Meus conhecimentos ínfimos de internet levaram-me ao zip.net, do UOL. Oito meses depois, em junho de 2009, fiquei impossibilitado de publicar textos. Motivo: falta de espaço. Achei estranho, mas estava com pressa, precisava postar um texto sobre Michael Jackson, que falecera naquele dia. Procurei abrigo no Blogger, de onde posto este texto.

A época no UOL foi muito proveitosa. Primeiramente, chamava-se "Blog de Paulo Pacheco - Letras Escapadas" e a URL era "blogpp" e não "letrasescapadas". Lá, publiquei 85 textos, entre críticas e reportagens, sobre diversos temas. Na ocasião do lançamento, São Paulo escolhia seu prefeito. Os primeiros posts tratavam dessa disputa eleitoral. Comentei os debates na TV, cobri as sabatinas que a Folha de S.Paulo promovera com Marta Suplicy e Gilberto Kassab, e analisei o dia seguinte, a vitória deste último.

Embora a cobertura
incisiva das eleições municipais, outros assuntos pautaram o blog. No dia seguinte ao da inauguração do Letras Escapadas, estava animado e publiquei quatro textos: dois sobre o pleito paulistano, um sobre a vitória da seleção brasileira por 4 a 0 em cima da Venezuela, e um sobre animações japonesas na TV. Os textos ainda eram curtos, porém objetivos (como dissera no primeiro post: o lema do blog é a objetividade).

À medida que o vestibular se aproximava, deixava de lado o blog. Alguns textos eram redações nas quais obtivera boas notas. O post de 30 de outubro, com o texto "O triste ocaso da leitura", e o de 9 de novembro, com "(Gen)ética na linha de montagem", são exemplos.

O post de 18 de
dezembro é especial: no dia em que soubera de minha aprovação no vestibular da Faculdade Cásper Líbero, abusei da primeira pessoa (recurso que costumo repudiar em blogs de cunho jornalístico, como este) e escrevi "18 de dezembro de 2008: o dia da redenção". Comecei o texto assim: "Excepcionalmente, escreverei em primeira pessoa e sobre algo trivial (para os leitores, mas que é de suma importância para mim)".

Procurava não deixar o blog desatualizado por mais de uma semana,
embora tenha acontecido duas vezes. Uma delas, entre 27 de janeiro e 10 de fevereiro, pode ser justificada: a expectativa pelo primeiro dia de aula na Cásper, em 9 de fevereiro de 2009. No dia seguinte, voltei à ativa, com o texto "Redenção passageira de Dunga".

Ao ingressar
no curso de Jornalismo da Cásper Líbero, procurei colaborar para os órgãos laboratoriais da Faculdade. Primeiramente, para o site de Cultura Geral. Críticas teatrais compuseram tanto o site (após uma edição) como o blog. A primeira, "Sutilezas do triunfo" (sobre a peça Calígula), foi publicada em 16 de fevereiro, apenas uma semana após o início das aulas.

Entre 31 de março e 3 de abril, em parceria com os amigos Juliana Koch e Narlir Galvão, cobri o "Ciclo de Cinema de Cultura Geral", promovido pela Faculdade, cujo o tema fora "Comunicação: questões éticas e profissionais". Nossa colaboração foi de suma importância para o site de Cultura Geral, que se encontrava sem editor nem repórteres para cobrir o evento.

Em abril, para incrementar uma atividade da disciplina "Língua Portuguesa I", conversei com a subprefeita da Lapa So
ninha Francine, também conhecida pelo ativismo ambiental. A pauta, sobre ciclovias, rendeu uma entrevista em duas partes. A primeira, divulgada em 10 de abril, sem alarde. A segunda, publicada em 6 de maio, rendeu ao Letras Escapadas a indicação do UOL Blog. Sim, estas escapadas ficaram entre os "Blogs Legais" daquela semana! Detalhe: só dei conta disso dias depois da indicação. Momento inesquecível!

Em maio, cobri parte da Virada Cultural 2009. Uma lan house próxima à Praça da República permitiu a publicação de texto imediato sobre o show que acabara de acontecer. Outro caso de apuração primária foi a denúncia de uma rua que tinha virado depósito de lixo. O caso da "rua-lixão" pautou duas matérias, uma de 26 de abril e outra de 12 de maio. No entanto, a reportagem mais gratificante foi a de 13 de maio, sobre o show do projeto infantil, encabeçado por Arnaldo Antunes, chamado Pequeno Cidadão. A cobertura da apresentação repercutiu no blog, no site de Cultura Geral e até mesmo na Rádio Universitária, a Gazeta AM.

No mês de junho, a mudança. Surpreso pela "falta de espaço", mudei de casa. No Blogger, apresentei-me novamente, publiquei um texto sobre Michael Jackson, em 26 de junho, e reapresentei dois: uma matéria sobre o show gratuito do Pato Fu, e uma análise da "guerra" entre as emissoras de TV pela audiência (tema recorrente no blog).

Em um ano, 121 "escapadas" (sem contar esta) saíram de minha mente, cuja imaginação ainda está longe de terminar.
Agradeço aos meus leitores pelas mais de 4 mil visitas, contando os dois blogs. O ano de 2010 promete muitas pautas, análises, críticas e reportagens. E este blog continuará trabalhando, porque a relevância está aqui, no Letras Escapadas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nova chance

Com a escolha do Rio de Janeiro como a sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil terá a chance de se redimir do dispêndio excessivo do Pan de 2007 e mostrar que aprendeu a controlar os gastos. Ou não.

Sem economizar, o projeto brasileiro de R$ 29 bi para transformar o principal destino turístico do país em polo olímpico assusta. Primeiramente, pelo volume de capital - os Jogos Pan-Americanos custaram R$ 3,7 bi, quase 800% mais que o previsto -; depois, pelo destino do investimento. Muitas obras do Pan não poderão ser aproveitadas para 2016. Mesmo o evento de 2007 não deu jeito na saúde e na segurança pública da cidade.

Nova chance também de concluir as obras que certamente não ficarão prontas para a Copa do Mundo de 2014. O trem-bala, por exemplo, que ligará São Paulo ao Rio, só deve ficar pronto em 2015. Melhorias no transporte, na despoluição da lagoa Rodrigo de Freitas e na rede de hotéis serão adiadas para os Jogos Olímpicos de 2016.

A vinda da Olimpíada para o Brasil não escapa da política. O governo atual pode usar a justificativa de que a continuidade trará mais segurança no cumprimento dos prazos. Mesmo se a situação for derrotada no pleito de 2010, Lula poderá retornar ao poder em 2015, e entregar as obras feitas pela gestão anterior.

Trunfo eleitoral também na cidade. Eduardo Paes, se reeleito em 2012, será o "prefeito dos Jogos". Não faltarão oportunidades para o prefeito vangloriar-se de ter trazido o maior evento esportivo, junto da Copa, para o Rio.

A Olimpíada de 2016 pode ser um sucesso, se depender da vontade dos atuais governantes de se reeleger. Ou pode ser um fracasso político, caso os abusos financeiros do Pan se repetirem.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Comer demais faz mal"

A cobertura feita pelo jornal Folha de S.Paulo da recente medida da Prefeitura de São Paulo para cortar gastos está sendo, no mínimo, curiosa e sutilmente tendenciosa. No dia 18 de setembro de 2009, a Folha noticiou a desistência de Gilberto Kassab de cortar uma refeição das creches. No mesmo dia, o prefeito dissera que fazia “tão mais mal à saúde comer demais como comer de menos”. A declaração de Kassab apareceu cinco vezes naquela edição – uma na capa e quatro na primeira página do caderno “Cotidiano”. No dia 19, ocupou a seção “Frases”.


Num primeiro instante, o leitor de “Cotidiano” vê crianças em uma creche e um Kassab sorridente. O repertório visual e cultural deste leitor pode fazê-lo olhar mais atentamente ao que está representado. O olhar assustado e inocente de algumas crianças que compõem a fotografia, a creche que não possui nem lençol para forrar o colchão, o rosto do prefeito aparentando malvadez, o corte da foto do prefeito, supostamente em uma cozinha, que deixa aparecer um pote de margarina. Abaixo do rosto, a declaração: “Existe uma exposição de motivos que mostram que as crianças não podem ter uma alimentação superdimensionada. Faz tão mal à saúde comer demais como comer de menos”.


Em 20 de setembro, a seção “Folha Corrida” da Folha de S.Paulo evidenciou os “foras e tropeços” de 13 a 19 de setembro. O jornal não só relembrou como também destacou a afirmação de Kassab, publicando-a no topo da lista de “tropeços” da semana. Desta vez, acompanhada de uma fotografia, tirada por Raimundo Pacco em 24 de julho de 2008, do prefeito comendo um pedaço de bolo, além do título “Comer, comer”.

O semioticista Louis Hjelmselv dizia que o valor do signo é determinado por seu contexto. A foto de Kassab comendo o bolo não teria valor algum se fosse publicada sem justificativa. Com a declaração, a imagem ganhou sentido especial, talvez mais do que na ocasião em que fora registrada: 24 de julho de 2008, às vésperas de eleição municipal da qual Kassab fora o vencedor.

Novamente, a Folha demonstra sua opinião. A intenção do jornal é provocar ironia e contradição na própria fala que acompanha a fotografia, completando o raciocínio divulgado nas fotos das crianças. Kassab, o “malvado”, cortou uma refeição das crianças “pobres e inocentes” da creche que não possui nem lençol para forrar o colchão, sob o pretexto de cortar gastos da prefeitura. Como prova de sua perversidade, comeu um pedaço de bolo – fato ocorrido um ano antes.

A cobertura da Folha de S.Paulo sobre a fala de Gilberto Kassab prejudica ainda mais a imagem do prefeito em São Paulo, duramente criticado por reduzir a verba para varrição de ruas em 20%, noticiada pela Folha em 13 de agosto. No dia 9 de setembro, o mesmo jornal noticiou o temporal que atingira São Paulo, destacando o excesso de lixo nas vias, entupindo os bueiros e intensificando os alagamentos. A decisão de cortar uma refeição nas creches pode ser interpretada como “mais um tropeço” do prefeito. A Folha reproduz o sentimento do cidadão pela gestão atual, uma estratégia para manifestar a opinião do leitor e do próprio jornal.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A nova Record: do auge ao declínio

A Record completou no último domingo (dia 27) 56 anos. Desde 2004, a emissora investiu pesado em produtos de qualidade, que trouxe novo ânimo à emissora. Atualmente, porém, a teledramaturgia e o jornalismo parecem estar em crise.

Em 2004, após o fiasco Metamorphoses, a emissora parece ter aprendido com o erro e estreou uma versão de A Escrava Isaura, que incomodou o SBT em virtude do grande sucesso. Após uma leve queda na audiência com Essas Mulheres, a Record chegou ao topo com Prova de Amor. Tiago Santiago, o mesmo autor do remake da novela de 1976, ganhou status de grande autor por ter conseguido ultrapassar o Jornal Nacional, da Rede Globo.

A coisa começou a desandar já em Prova de Amor, quando Santiago esticou a novela por uns pontinhos no Ibope. Em 2007, Caminhos do Coração perdeu-se na história, obrigando Santiago a encerrar a trama principal e iniciar uma só com os mutantes, seres feitos no computador com qualidade duvidosa, que elevavam a audiência. Os Mutantes - Caminhos do coração conquistou os adolescentes, mas não conseguiu segurar o público habitual das novelas da Record. A audiência da saga final - Promessas de Amor - também ficou aquém da esperada.

Em 2009, a Record patina nas duas telenovelas que exibe. Poder Paralelo deu sinais de melhora; já Bela, a Feia, primeira de muitas que virão da parceria com a emissora mexicana Televisa, perdeu o segundo lugar para o SBT Show e para a série Harper's Island - O Mistério da Ilha.

O jornalismo da Record, que também recebeu maciço investimento, sofre seus revezes em 2009. O Jornal da Record perdeu audiência com Ana Paula Padrão, contratada somente para ancorar o noticiário. O Esporte Fantástico ainda não emplacou, tendo seu horário de exibição alterado constantemente.

A Record News, emissora inaugurada em 27 de setembro de 2007 e que substituiu a Rede Mulher no canal 42 UHF (SP) e primeiro canal aberto de jornalismo em tempo integral, já não faz jus ao slogan: o "jornalismo 24 horas de plantão" vendeu horários da grade para programas independentes e até para a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus). A mais recente investida, o portal R7, foi anunciada com alarde. No entanto, a "inovação" não passou (novamente) de imitação da Globo.

A subida assustadora da Record na segunda metade da década parece ter arrefecido. Os formatos de teledramaturgia e do jornalismo (méras cópias da emissora líder)
mostram desgaste. É cada vez mais comum ver, em atrações de baixa qualidade, a busca pela audiência perdida nos investimentos milionários. O telespectador espera que a ambição por ibope não atrapalhe a qualidade que a emissora imprimiu em sua programação desde 2004.