sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Raul. Eternamente.

Raul Seixas não morreu. Pelo menos para a multidão de raulseixistas que marcharam do Teatro Municipal à Praça da Sé nesta sexta-feira, 21 de agosto, mesma data da morte do ídolo do rock nacional, há 20 anos.

Penna Seixas, sósia de Raulzito fez seu show em cima de uma motocicleta personalizada, propriedade de "Maluco Beleza" – como quer ser identificado. Ao som de grandes clássicos, como "Ouro de Tolo" e "Metamorfose Ambulante", os fãs finalmente puderam gritar "Toca Raul" e ser atendidos. Penna mostrou sua máxima demonstração de afeto pelo músico: uma tatuagem no abdome.

A concentração de raulseixistas começou por volta das 16 horas. O crepúsculo acompanhou a caminhada rumo ao marco zero da cidade. Comerciantes que encerravam o expediente traziam no rosto um misto de surpresa e boas recordações, talvez por músicas de Raul que embalaram o passado deles.

Em pouco tempo, a Sé foi tomada por "malucos beleza". No dia em que o centro de São Paulo parou, estava o músico Tico Santa Cruz, que considera as letras de Raul inspiração para toda a vida, e exaltou a multidão presente: "Eles podem mudar o mundo".

A grande reunião também foi palco das últimas gravações para o documentário Raul Seixas – O início, o fim e o meio, previsto para estrear em 2010. O diretor Walter Carvalho acompanhou desde o começo a homenagem. Na Sé, chamou vários fãs para responder a seguinte pergunta: "Onde está Raul agora?". Visivelmente alterados, alguns não conseguiram resolver a questão.

O palco "Toca Raul" da Virada Cultural 2009, a marcha de raulseixistas e o documentário apenas confirmar um fato verdadeiro: a obra de Raul Seixas permanecerá viva, e perdurará por tanto tempo como aquele velhinho sentado na calçada, que contou uma história mais ou menos assim: "Eu nasci há dez mil anos atrás...".

Um comentário:

  1. Sem sombra de dúvidas, Raul Seixas é o principal nome do rock brasileiro.
    É impressionante como as novas gerações continuam gostando do som dele.

    Felipe Cordeiro

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