domingo, 7 de fevereiro de 2010

A "galera" mais feliz do Brasil

ATENÇÃO: ESTE TEXTO, SOBRE OS BASTIDORES DO PROGRAMA 1 CONTRA 100, CONTÉM SPOILERS (INFORMAÇÕES SOBRE O ENREDO). CASO QUEIRA MANTER A EXPECTATIVA PARA A EXIBIÇÃO DO PROGRAMA, NÃO LEIA.

Neste domingo, a produtora Casablanca gravou três edições do programa 1 contra 100. Pode ser um fato comum para Roberto Justus, o apresentador, e Paulo Franco, o diretor. Mas, para mim, Paulo Pacheco, uma das gravações foi especial. Porque teve minha participação.

Quando soube, através do Twitter, que a produção do programa estava à procura de fãs do SBT para participarem do 1 contra 100 especial "SBTistas" (fanáticos pela emissora), não me contive e enviei meus dados instantaneamente. Na segunda-feira, dia 1º, soube que tinha sido selecionado. Após a informação, organizei minha rotina para que nada desse errado.

Logo começaram os empecilhos. As restrições quanto ao vestuário eliminaram todas as peças de meu guarda-roupa. Sendo assim, tive de aderir ao "pretinho básico" e comprei uma camisa às pressas.

Hoje, às 13 horas, uma fila de jovens fãs do SBT aguardando a gravação do programa (era a segunda) se formou na produtora. Andando pela fila, percebia-se conversas distintas: de "como foi a audiência ontem?" a "você se lembra em que dia estreou tal programa?", mas todas versavam sobre "a TV mais feliz do Brasil". Tentei entrar em alguns grupos por meio do humor, rindo de emissoras concorrentes e realizando minha divertida, porém infame, imitação do Silvio Santos. Muitos gostaram, para meu alívio. Alguns participantes eram simplesmente ilustrativos, apenas preenchiam espaços vagos no estúdio. Realizamos, pois, um "intensivão" sobre o SBT para os "figurantes" não darem vexame.

Durante a permanência na fila, assinei os termos de responsabilidade. Após entregar o contrato, entreguei as cópias dos documentos solicitados (RG, CPF e comprovante de endereço) e recebi o delicioso lanche oferecido pelo SBT: meia baguete de queijo sabor peru, bombom Sonho de Valsa e um suco de caixinha sabor pêssego. Devorei-o após a maquiagem - sim, fomos maquiados! Celulares e câmeras tiveram suas baterias retiradas, eliminando qualquer possibilidade de registro do programa. A plateia - a mesma de outras gravações - pôde nos fotografar, assim como o profissional contratado pelo SBT.

Recebi uma fita de identificação e um adesivo com meu número: 74. "Será que vou aparecer muito?" Não pensei nisso com intenção de me exibir demasiado no programa. Ao contrário, queria me esquivar ao máximo das câmeras. Os mais filmados ocupam os lugares próximos ao posto de Roberto Justus e do convidado ou ao telão do cenário. Graças à lei de Murphy, a cabine 74 preenchia este requisito. Pelo menos estava maquiado!

Antes do especial com "SBTistas", o produtor nos aqueceu. Perguntava a toda hora se era "a grana ou a galera". Fiquei rouco de tanto gritar "a galeraaaaaa! Vem! Vem! Vem!". Em seguida, veio Justus para gravar um comercial. Impaciente, recusou-se a repetir pela quarta vez a gravação e pedia para a produtora secar seu rosto suado.

Enfim, a gravação começou. Três horas depois de chegarmos à Casablanca. Os convidados especiais - Liminha e Patrícia Salvador - ocuparam seus postos. Na plateia, outra ilustre convidada: Daniela Beyruti, diretora-geral do SBT e musa dos "SBTistas". A primeira convidada, Christina Rocha, abusou da irreverência, sua característica mais marcante.

Caí na pegadinha da primeira pergunta. Minha saída precoce do programa foi compensada pelo momento mais emocionante de minha relação com o SBT. Roberto Justus, ao ver que Patrícia Salvador tinha errado a questão, quis fazer graça, e perguntou quem sabia imitar o Silvio Santos. Imediatamente vi dedos indicadores apontados para o número 74. Era a minha fama nos bastidores! Repeti duas vezes, pois a câmera não havia me localizado. Descontraído, porém tímido, imitei o dono do Baú e fui aplaudido. Emoção indescritível!

Mesmo desclassificado, continuei a responder às perguntas. O aparelho embutido à cabine tem números e uma tecla "C", que não funcionavam. Os botões que interessavam eram os correspondentes às letras das alternativas ("A", "B" e "C"). Tínhamos dez segundos para responder à questão, e isso deve ser feito com muita calma. Alguns afobados apertaram o botão antes da luz vermelha piscar no aparelho, e foram eliminados. Outros, nervosos, responderam após o tempo estipulado. No visor aparece o nome do programa, uma contagem regressiva de dez segundos e o número do RG de cada um, inclusive o dos convidados. Conferi a informação vendo o visor do aparelho do Liminha, que ocupou o lugar 72, bem próximo a mim.

Decepcionei-me com minha saída precoce da competição. Estava acertando todas as questões subsequentes. Contudo, senti-me aliviado quando respondi - mesmo sem valer nada - a uma pergunta relacionada ao programa Domingo no Parque. Chutei, errei e pensei: "Puxa, eu iria sair de qualquer maneira".

O participante seguinte era o carismático e inteligente Moacyr Franco. Àquela altura, estava apreensivo. Além de temer o desempenho do convidado, minha bexiga começava a encher rapidamente. Disfarcei a vontade de ir ao banheiro com pulos e muita agitação. Por sorte, as perguntas eram fáceis. Aprovei minha performance nessa parte do jogo.

Na saída, corri até o banheiro, mas parei pela vontade de tirar uma fotografia com Patrícia Salvador. Minutos depois, foi a vez do encontro com Daniela Beyruti (foto - tremida, infelizmente - ao lado). ela, que estava tranquila junto à plateia, foi convidada a se juntar à "galera". Ela topou, e ocupou o lugar de uma moça que tinha ido ao banheiro. "SBTistas" que estavam na entrada da produtora avistaram sua musa. Fotos, beijos e abraços. A filha "número 3" de Silvio Santos sentiu na pele as consequências da fama, ainda sentidas pelo pai.
O dia 7 de fevereiro foi o dia da glória dos jovens que participaram do 1 contra 100. Para Justus, Franco e a produção do programa, mais uma gravação. Para os "SBTistas", a oportunidade de fazer parte da história do SBT e de conhecer os ídolos.

O 1 contra 100 especial com "SBTistas" irá ao ar, provavelmente, entre o fim de março e o início de abril de 2010, segundo o diretor Paulo Franco.

ATUALIZADO: O 1 contra 100 especial com "SBTistas" irá ao ar dia 14 de abril, a partir das 23h, de acordo com o diretor do programa, Paulo Franco.

4 comentários:

  1. Adoreeeeeei!!! Que suuuper tuuudo, Paulitcho!!!
    Ver o Roberto Justus, a Dani Beyruti não tem preço! E esse "delicioso lanche oferecido pelo SBT: meia baguete de queijo sabor peru, bombom Sonho de Valsa e um suco de caixinha sabor pêssego" é o lanche padrão em todos os programas de TV? Qdo fui ao programa do Jô foi a mesma coisa, e no Altas Horas tb. Olha só! Sou global e vc é sbtista...kkkkkk. #adoramos, neh!? Quero mto te ver! Tenta por no Youtube, please!? Agora vc vai ficar mais famoso ainda! Me dá um autógrafo! Ah não, prefiro uma foto...hihi XD Bjoos =***

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  2. Muito bom, Paulo Pacheco! Como diria Marco Bianchi, foi um momento ímpar na sua vida. Adorei o aviso de spoilers. Desse jeito, não tem como ninguém reclamar...

    Pessoalmente, a Daniela Beyruti deve ser uma mulher incrível. Você já fica feliz quando ela te responde no Twitter, imagino sua reação ao "dar de cara" com ela.

    A filha do Liminha faz Jornalismo na Cásper? Ou é RTV? Você me falou, mas não lembro.

    Dica: vá no banheiro antes de entrar no estúdio para gravar o "1 contra 100" especial sobre Chaves. Ah, e não esquece de "escapar letras".

    Felipe Cordeiro

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  3. Daniela Beyruti que se cuide, Paulo Pacheco vem aí!

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  4. Meus parabéns, Paulo! Para um SBTista como você, deve ter sido a realização de um sonho. E, além do mais, conhecer a Daniela Beyruti!!

    Gostei bastante do texto, um registro bastante pessoal, que mostra o quanto a emissora do Senior Abravanel está no seu coração. É uma pena que você tenha errado já na primeira pergunta, achei que iria até o fim. Mas, como tudo na vida, a experiência é que acaba valendo.

    Bom, é isso!

    Abraço,
    Narlir

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