Desde as 7 horas o noticiário da TV destacava os efeitos da chuva noturna. O trânsito na ponte da Freguesia do Ó parou pelo alagamento da avenida Comendador Martinelli, continuação da via. A praça Delegado Amoroso Neto e avenida Ordem e Progresso (foto acima), que levam à ponte do Limão, na Casa Verde, foram tomadas pelas águas. Uma longa fila de ônibus com motores desligados formou-se. Motoristas e alguns passageiros permaneceram no veículo, enquanto outros saíram para fotografar a via forçosamente interditada.
João é motorista da linha 978-L/10 (Terminal Cachoeirinha - Terminal Princesa Isabel) há nove anos. Parado na rua Dom Amaral Mousinho, que dá acesso à avenida Ordem e Progresso, ele se lembra da última vez que teve de desligar o ônibus em função de enchentes: "Eu cheguei a parar há três ou quatro meses antes da ponte do Limão".
Até mesmo alternativas à marginal Tietê não puderam ser usadas. As águas ocuparam parte da avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, e de seu prolongamento, a Ermano Marchetti, na Lapa. Interdições também na avenida Doutor Abrahão Ribeiro, também na Barra Funda, próximo ao Fórum Criminal.
Segundo dados da Folha Online, bairros das zonas norte e oeste ficaram sem luz durante a manhã. O volume de chuvas representou um terço do esperado para dezembro.
Os paulistanos da zona norte de São Paulo já sentem dificuldades de atravessar a cidade desde outubro, quando a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) deu início às interdições nas pontes da marginal Tietê. Com as obras, a da Freguesia do Ó, por exemplo, tem apenas duas faixas sentido centro e uma para o bairro.
Na época, o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, declarou, segundo a Folha Online, que se o serviço não fosse realizado nas pontes desde já, as chuvas de fevereiro e março atrapalhariam ainda mais o paulistano. As chuvas começaram em novembro. As dificuldades aos moradores da zona norte também.
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