O elenco de nove personagens deu conta de explicar o drama de Cyrano, um exímio escritor apaixonado por sua prima, Roxane, mas impossibilitado de declarar seu amor, por ter um nariz avantajado. Além disso, Roxane gosta de outro homem, o belo conde Cristiano, mas terá que se casar com o duque de Guiche. Cristiano, sem veia literária, é ajudado por Cyrano para dizer versos bonitos a Roxane. Cyrano considera este um meio para se "declarar" à sua amada.
O humor característico da peça, salientando as dificuldades de Cyrano com seu grande nariz, foi quebrado no final, com a descoberta da verdade por Roxane e a perda de seus pretendentes. O final dramático – e impossível de ser alterado – não tirou a qualidade da apresentação, aplaudida de pé em seu término.
O Grupo Saga acertou ao inserir uma personagem, espécie de "apresentadora", que revelava as próximas cenas e interagia com o público, para este não se perder na história, extremamente concisa. O teor didático que a peça ganhou com a personagem agradou à plateia, formada, principalmente, por adolescentes da periferia da cidade, sem hábito de frequentar teatros, senão na própria escola.
A entrada dos pretendentes de Roxane, ao som de uma batida funk, fez muitos jovens saírem da cadeira e começarem a dançar. As três "assistentes" da moça, embora expusessem uniformemente seus desejos femininos, tinham personalidade própria: uma era mais controlada, outra estava "desnorteada" em cena. Peculiaridades que garantiram o riso do público.
"Cyrano de Bergerac" já recebeu adaptação cômica, desta vez para a TV (foto acima). No seriado "Chapolin", o herói ensinou um homem, que havia marcado um encontro sem ver a pessoa, a ignorar a beleza exterior, e o fez através da história de Cyrano. Roberto Gómez Bolaños também usou o texto de Edmond Rostand em um sketch do programa "Chespirito".
O grupo Saga agradece o carinho e as palavras!!
ResponderExcluirUm grande abraço,
Bethiara Lima
Direção- Grupo Saga